quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Me perguntaram se eu nunca mais tinha te encontrado... foi então que parei pra pensar: faz dois anos que não nos vemos.
Coisa estranha. Você ainda é tão presente em meus pensamentos e sonhos que parece te vi ontem.
Nunca mais... toda vez que alguém me diz isso eu logo penso "nunca mais é muito tempo", como dizia a minha avó.
Se um dia eu tivesse a plena certeza que nunca mais te veria o que eu faria?
Há alguns ​meses eu assisti o filme "A Menina que Roubava Livros" (eu e essa minha obsessão pelas histórias da 2ª Guerra Mundial).
Bom, em determinado momento do filme (bem  no finalzinho) o melhor amigo - e primeiro amor - da menina que roubava livros morre, e ela começa a dizer tudo o que sempre quis, mas nunca teve coragem... até pede que ele a beije (algo que ele pediu o filme todo e ela sempre negou), mas já era tarde demais.
Nesse hora eu senti um alívio tão grande, tão grande por saber que você está vivo, que passa bem, que é feliz... ainda que com outra!
Juro que não sei o que faria se alguém me contasse hoje que nunca mais poderia te ver novamente... Será que o amor é mesmo isso?

segunda-feira, 15 de junho de 2015

chegou a hora de me despedir de você

Quase três anos se passaram desde a última postagem... e quanta coisa aconteceu! Nesse intervalo você me disse adeus de um jeito tão cruel e tão frio. Doeu. Quis arrancar meu coração do peito e guardar num baú, para que ninguém mais fizesse qualquer coisa que pudesse feri-lo. Como naquela série de filmes que você amava, lembra? Piratas do Caribe. Me recusei a assistir qualquer um desses filmes por todos esses anos. Acho até que peguei raiva do Johnny Depp.

Meu coração? Não, ele não ficou em um baú. Felizmente.
O coração que um dia eu te dei foi quebrado algumas vezes. Por paixões, por amigos... Paixões! Em todas eu entrei pensando em você. Todas. Quando não fazia um comparativo absurdo e cruel na minha cabeça entre o rapaz da vez e você, eu sempre tentava encontrar nele a salvação para a minha dor. Achava que finalmente alguém me estenderia a mão e me tiraria do buraco escuro no qual você havia me deixado. Eu pensava que "a cura" estivesse em outro alguém. Que erro!
Mais absurdo que isso: eu sempre tive alguma certeza infundada e insana que você voltaria e, num piscar de olhos, toda dor viraria felicidade e nossa história poderia seguir de onde parou.

Mas um dia eu me perguntei se era amor deixar o outro passar por tudo o que eu estava passando sozinha. E finalmente entendi que se você me amasse jamais teria me deixado livre para conhecer outros amores, alguns tão cretinos que não dá nem pra explicar; outros tão bacanas que deixei passar. Não era pra ser.
Enfim. Entendi que se você de fato me amasse, jamais me deixaria quando eu mais precisei que você segurasse a minha mão. Mais que isso: teria acreditado em mim quando, em vão, jurei jamais ter te traído. Só você não via que eu era louca por você. Que pena!

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Como tudo na vida, grandes transformações não acontecem do dia para a noite. Eu demorei pra entender que te esquecer seria impossível. Que quando se ama alguém de verdade aquela pessoa e todas as lembranças dela ficam pra sempre na memória, mas um dia deixam de doer e passam a ser um rápido pensamento que desperta um sorriso sútil no rosto "como eu era inocente!".

Hoje eu invisto toda a minha grana em mim, sabe por que? Porque eu descobri que a única pessoa capaz de me tirar de qualquer buraco sou eu mesma.
Ultimamente meu projeto tem sido trabalhar para viajar. Nos últimos tempos estive nas Américas do Sul, Central, do Norte e na Europa, lugares onde visitei amigos queridos e conheci tantos novos amigos. Quero continuar conhecendo lugares e pessoas surpreendentes, ouvir e viver histórias interessantes e enriquecedoras.

Vi e vivi tantas coisas que me tornaram alguém completamente diferente daquela que um dia você conheceu. Tão diferente que eu não me vejo mais nas fotos antigas. Onde aquela menina foi parar?
Eu morria de medo de fazer 30 anos. Quanta imaturidade! Se soubesse que seria tão bacana ser uma balzaquiana teria esperado ansiosamente pela data.

Bom, é isso, Baby-Baby. Você passou. Como tudo na vida, se tornou uma boa história pra contar. Ou não.

Baby? É, realmente o passado não me veste mais :)